domingo, 30 de setembro de 2012

random


Enrolou-se na manta, encostou-se para trás no sofá e fechou os olhos. Sentia que, se ficasse assim, perderia a noção do tempo e do espaço. E era só disso que precisava. O barulho dos carros desaparecera. Era como se fosse só ela, perdida nos seus pensamentos. Aos poucos, foi sentindo que já nem isso lhe pertencia. Os seus pensamentos deram lugar a um não pensar constante, nada lhe atormentava a alma. De repente, assomou-lhe à ideia que gostava desse estado de letargia. Era agradável. Parecia que nada no mundo a poderia afectar, nem mesmo o seu mundo da treta onde estava tão vincada, de onde não conseguia sair. Constatou então que o facto de se aperceber disso mesmo significava que voltara a pensar. Já não estava naquele estado bom. A fuga tinha sido curta e já havia terminado. Cerrou os olhos com mais força, para tentar voltar ao estado bom de não ser mais do que nada. A verdade é que queria ser mais forte do que as lágrimas que teimavam em espreitar. Lembrou-se que estava semi nua. Aquele mau estar tinha-a apanhado enquanto vestia o pijama e esquecera durante algum tempo o que se estava a preparar para fazer. Dormir. Apercebeu-se então que tinha sido o medo a fazê-la esquecer. Medo de dormir. Medo dos pesadelos que a mente insistia em mostrar-lhe. Dirigiu-se para o quarto com o pensamento de que, se adormecesse sem pensar em nada, o sono lhe podia trazer o descanso que já não tinha há semanas. O descanso merecido.

sábado, 29 de setembro de 2012

Resumo da minha tarde


Dormir cinco horas da parte da tarde ajuda a tudo, excepto aos remorsos de não fazer nada da vidinha.

Fim-de-semana a saber a pouco

A dona i. já estava a precisar do fim-de-semana. Andei a fritar com o teste de ontem (este semestre vai ser para esquecer...), estou doentinha e ando super cansada. Por isso, dois dias com menos preocupações ajuda e muito. Contudo, o meu quarto está um pandemónio (até tenho vergonha!) e esperam-me tantas coisas por fazer da faculdade, que até assusta... Se não fosse ter que ir à minha aula de simulador (aviso já que até parada sou péssima a conduzir), não passava do pijama. Mas, assim que cheguei a casa, voltei a vesti-lo. Ia jantar a casa de uma das minhas melhores amigas, e era tão bom, mas parece que o facto de estar doente não ajuda nos planos. Contudo, agora vou fechar os olhos por um bocadinho, deitada no sofá, com a minha mantinha preferida... E depois logo penso em Cálculo Diferencial e Integral III. Até logo!

terça-feira, 25 de setembro de 2012

OMG

Amanhã vou trajar mais de vinte horas seguidas. Vou morrer, não vou? Ai, vidinha de pastrana...

Já me conheço


Já me conheço. É tão mais fácil rebentar na hora em que algo acontece. No momento em que algo nos magoa e nos incomoda. Em que algo nos afecta. É tão mais fácil berrar e dizer tudo na cara, mal haja razão para isso. Contudo, eu não sou assim. Tenho pena, mas não sou mesmo assim. Algo acontece e eu guardo; daqui a bocadinho, volta a acumular, por qualquer coisa; e assim sucessivamente, até chegar ao ponto em que uma pequena coisa leva a uma grande gritaria. Claro que, aí, vai parecer completamente estúpido eu estar a fazer fita por algo tão ridículo. Mas a verdade é que não vem daí, vem de trás, e ninguém vai achar bem eu rebentar. Os últimos tempos têm sido assim... Há assuntos que já rebentaram, há outros que acho que ainda estão por rebentar. Como disse, já me conheço... E tenho medo do que possa vir daqui. É que, mesmo que alguém se preocupe e me venha perguntar o que é que se passa, a verdade é que não se passa nada. Está tudo bem. Ou, pelo menos, eu acho que está. Não sei... Talvez ande demasiado nervosa. Talvez ande a dar demasiada importância ao que não devo. Talvez seja só uma fase. Talvez... Nem sei. Talvez até só precise de descansar a cabeça e o corpo. Uma dose industrial de mimos também ajudaria. Só espero que isto me passe... É que ando a sentir-me uma autêntica loser.

want it

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

It's wedding time


Aproxima-se o dia em que acompanharei um primo meu ao altar. O vestido está comprado desde o fim de Julho e em minha casa desde Agosto. Os sapatos e a mala foram adquiridos algures já em Setembro. Os brincos há relativamente pouco tempo e o colar há umas meras horas (não o adoro, mas espero que dê para desenrascar). Não acho que vou ser uma madrinha linda, mas isso é o que menos me preocupa... Às vezes, não me sinto à altura. Sei que, se a vida fosse doutra maneira, o meu pai e uma outra tia do meu primo é que estariam ao seu lado, naquele dia. Sempre o ouvi dizer que gostaria que fossem eles os padrinhos de casamento... Como as circunstâncias são outras, o meu primo quis que fossem os dois primos em primeiro grau: eu, filha do tio, e o outro primo, filho da tia. Meu Deus... Nunca pensei sentir tanta pressão em cima. Sinto que estou no lugar do meu pai e que só isso já me obrigaria a estar o melhor possível, tal como Ele estaria. Ele é a pessoa que este casamento mais me recorda. Às vezes, quando estou a preparar qualquer coisa, dou por mim a pensar em como faz falta, em como devia estar cá... E não está. Penso muitas vezes no que é que ele faria no meu lugar. No jantar que o meu primo fez com os amigos e com a família, em jeitos de despedida de solteiro, dava por mim a pensar que só faltava o meu pai a entrar por aquele portão... As lágrimas assomavam-se, mas eu continha-as. Até ao momento em que o meu primo decidiu brindar-lhe e eu não me consegui conter. Foi um momento bonito, que não deixou de me afectar... Independentemente de o sentir comigo, a presença física é demasiado importante. Por vezes, não valorizamos o facto de as pessoas de quem gostarmos estarem connosco. Menosprezamos. Tomamos como garantido. Achamos que vão estar lá para sempre. Mas não vão... Às vezes, partem quando menos esperamos e nem temos tempo de nos despedirmos. E, mesmo que nos despeçamos, vão ficar a fazer falta durante toda a vida, porque há lugares que jamais se preencherão. Sábado, espero deixá-lo orgulhosa... Contudo, o que mais quero é que os noivos se dêem bem no futuro. O que desejo de melhor para mim, também o desejo para eles. Sei que merecem.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Medos

Kate Hudson

Tenho medo de cães e de gatos desde sempre. Comecei a ter medo da minha garagem. Tenho cada vez mais medo do trânsito. Tenho medo das sombras à noite, na minha rua. Tenho medo de ser fraca e de não conseguir erguer a cabeça. Tenho medo de deixar transparecer as minhas fraquezas e de não saber lidar com isso. Mas aquilo de que mais tenho medo é de perder as pessoas de que mais gosto. E às vezes, gostava de lhes mostrar mais os quanto as valorizo... Porque uma coisa é o que eu sinto, outra é aquilo que eu transpareço. O certo é que, por vezes, por trás de uma cara de gozo, está um coração derretido. Já melhorei... Já falo mais sobre mim. Já dou mais abraços. Já digo mais às pessoas o quanto gosto delas. Talvez por ter crescido...

sábado, 15 de setembro de 2012

Um dia...


Vou ter um colar a dizer isto.
Um dia há-de ser o dia.

Say "hello"!


Setembro de 2010 - iPod
Setembro de 2011 - Mac
Setembro de 2012 - iPad

Em Setembro de 2013, não quero mais nada. Espero não ter que trocar o meu telemóvel até essa altura, que ele bastante me custou. Mas eu não consigo deixar de adorar a Apple... E agora, que queria um tablet, nem pensei muito para decidir que teria que ser um iPad. Ainda não "brinquei" muito com ele, mas vamos ser bons amigos... Fiz-lhe logo um seguro, que - como diz a minha mãe - quem tem para o cavalo, tem que ter para a sela e eu não quero perder tanto dinheiro com algum descuido meu... Este fim-de-semana, vou tentar ambientar-me e meter-lhe já as coisas de que preciso para a faculdade. Sim... As aulas só começam na segunda-feira, mas há professores que já marcaram testes e disponibilizaram documentos para levarmos para as aulas... De segunda-feira! Agora vai ser sempre a abrir. Tenho que gerir ao máximo o meu tempo. Quero ter tempo para a Praxe e para tirar a carta, sem pôr a faculdade e as pessoas para trás. Responsabilidade, onde andas tu? Preciso de ti, tipo... Já!

Férias = Leituras # o quarto


Não tenho actualizado esta pequena rúbrica por falta de tempo, mas vou terminar com o livro Quando Lisboa Tremeu, de Domingos Amaral. Li mais, nas férias, mas pronto...
Eu sou muito de ter expectativas em relação aos livros. A muitas outras coisas, não... Mas com os livros, eu crio ideias na minha cabeça, e depois é uma chatice quando fico desiludida. Como tal, lá meti na minha cabeça que este livro seria duma maneira, e depois... Saiu-me duma completamente diferente! Contudo, neste caso não foi mau que me tenha saído doutra maneira. Foi um livro que me prendeu e que me dava sempre vontade de ler mais um bocadinho. Juntando a história do terramoto de 1755 (adoro este tema desde que li O Dia do Terramoto, da colecção Viagens no Tempo, quando era criança), tem também uma história onde se cruzam personagens, que nós queremos estar sempre a acompanhar. Eu, pelo menos, queria continuar a ler mais um bocadinho, para saber a forma como as histórias se iam entrelaçar...
Parece que tem muitas páginas (para alguns), mas é de leitura leve e acessível. Por mim, está aprovado.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O teu amor faz-me tão bem


Vou vê-lo quatro ou cinco dias mais cedo do que eu estava à espera... É motivo para me deixar morta de felicidade. Hoje vou-me deitar a pensar que já só faltam poucas horas para o ter comigo. Aiiii... Pareço uma criança ansiosa pela manhã de Natal. Sim... É isso.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A modos que um balanço. Ou uma actualização à pressa. Ou qualquer coisa do género...

Por muito que eu tentasse escrever de vez a vez, quando vinha ao computador, parece que tirei umas  ligeiras férias do blogue. Pouca facilidade em aceder à Internet sem ser no telemóvel (para ler blogues, é um espectáculo; para escrever, horrível). Não divaguei por estes lados...
Já estou de volta à capital, a instruir-me no Código da Estrada (maratonas de seis horas de aulas por dia é dose!) e a começar a ver a Praxe do outro lado. Apesar de ainda não praxar directamente, por ser apenas de segunda matrícula, o dia de hoje fez-me valorizar imenso o último ano que passei. Está quase a fazer um ano que aterrei naquela faculdade, numa cidade enorme que não conhecia, a morar com pessoas que nunca tinha visto na vida. Enfim... Não me quero alongar, porque tenho que ir estender os meus pés cheios de dores (aqueles sapatos do traje académico são o horror) e o meu corpo cansado. Mas estou feliz. Daqui a uma semana, tenho cá o meu menino. O dia trouxe-me a sensação de "missão cumprida". Apetece-me voltar à rotina de Lisboa... E parece que acabou de começar.

Miranda Kerr