quinta-feira, 21 de junho de 2012

memories


Sabes, nos últimos dias tenho pensado (ainda mais) em nós. Não sei o momento em que me apaixonei... Não tenho noção do momento em que essa tua maneira de ser me prendeu de forma irreversível. Não faço ideia de quando olhei para esses olhos verdes de outra forma... Mas o certo é que, quando dou por mim, tenho coisas nossas a passar na minha cabeça num autêntico slow motion, e fico completamente hipnotizada. Sem contar com todos os momentos perfeitos que temos passado, há pequenas coisas, do tempo em que éramos só amigos (e em que eu sinceramente achava que só seria isso), que me fazem sorrir e pensar em como me deixei apanhar bem por esse teu jeito...
A noite em que te conheci. As parvoíces que me disseste. O facto estúpido de me teres pedido o número (engatatão!) e o facto de eu não to ter dado (mas de assegurar que te chegava). O meu primeiro mega adeus, acompanhado de um mega smile... A nossa primeira conversa por mensagens, no dia a seguir. O facto de começarmos logo a implicar um com o outro... Eu a tentar convencer-te de que era má pessoa. Tu a perguntares-me se me podias pedir o e-mail, ou se também ias levar tampa. A primeira vez que te vi na faculdade depois disso, logo na segunda-feira a seguir. Quando te vi, de t-shirt amarela, no meio do teu departamento, na recepção pelo reitor, e te chamei de canário. A vez em que te liguei a perguntar se ias à festa, ainda hoje não sei bem qual a razão... As inúmeras conversas parvas e a sério. O primeiro dia em que estudámos perto um do outro na faculdade, provavelmente não te lembras, mas quando estamos na biblioteca costumo lembrar-me... Não parámos de implicar um com o outro enquanto lá estive. Tive que sair e quando voltei já tinhas ido embora... A vez em que disseste que me viste na faculdade de costas e eu te perguntei se me conhecias pelo rabo. A tarde em que me perguntaste onde estava, eu respondi "A sair do metro, então?" e tu "Pareceu-me ver-te...". Lembro-me que te piquei, disse qualquer coisa como "Oh, e eu com esperanças que fosse para irmos beber café" e tu disseste-me que isso nunca iria acontecer... Porque não gostas de café. O dia em que te perguntei se estavas pelo Bairro Alto e tu, ao responder-me, informaste-me de que estavas sem mensagens grátis... E disseste pela primeira vez que me adoravas. A hora de almoço em que nos acompanhaste à cantina, apanhando o metro num sítio que te ficava fora de mão... Ainda não percebi como nem porquê. A penúltima semana de aulas, em que ficaste sem mensagens na terça-feira... E eu só queria falar contigo e quase que nem podia ir à Internet, por não poder mesmo e por ter exame na quinta... Mas depois do exame, sei que comecei a levar o tempo no facebook, só para poder falar contigo. Na sexta à noite, com mais uma gotinha de álcool no sangue, disse que te adorava. Sei que foste a única pessoa a quem mandei mensagem... Por alguma razão seria. E depois, na terça-feira a seguir, o último dia de aulas do semestre... Esperei por ti para te dar dois beijinhos. Só porque sim. De forma completamente inocente... Algures nos dias a seguir, apercebi-me que a ideia de não te ver por acaso na faculdade me entristecia e me enchia de saudades de avistar os teus caracóis e de te fazer os meus mega adeus. Descobri nessa altura que os adoravas... Ainda assim, mesmo com tantas evidências, eu mantinha a minha pose de "não, não é nada". Mas cá dentro já era... Já mexias comigo.
Felizmente, pus os medos de parte e deixei-me levar pelo que me fazias (e continuas a fazer, cada vez mais) sentir. Por mais momentos que eu tente lembrar, por mais sentimentos que eu tente deitar cá para fora... Sinto que não há palavras que descrevam a forma (perfeita) como eu sinto que entraste na minha vida. Resta-me dizer que apenas espero que não saias. :$

2 comentários:

C. disse...

e ainda bem que puseste os medos de lado, só assim podes ter hoje esse felicidade do teu lado :) acho que todos temos estas histórias engraçadas de como aquela pessoa entrou na nossa vida, e de como nunca pensámos que viesse a dar certo, ou a ser algo sério. já passaram 4 anos e ainda me lembro tão bem da minha fase de 'enamoramento' :)

Ju disse...

Adoro, completamente! É tão bom sentirmos isto!