quinta-feira, 31 de maio de 2012

Pfff, não tarda estou a dizer que tenho 18 anos e que sou responsável


A minha mãe é um ser extremamente engraçado. Para o que lhe interessa, eu já tenho dezoito anos e já sou crescidinha para ter juízo e para uma imensidão de coisas chatas. Regra geral, até correspondo com as expectativas. Mas depois... Há aquelas traumas na cabecinha dela que idade nenhuma minha consegue tirar. É o "Mãe, estamos todos a combinar a ir ao Sudoeste...", em que ela responde "Todos não, tu não estás, sabes perfeitamente que não sou apologista dessas coisas". Deste eu até já estava à espera e já sabia qual ia ser a reacção... Isto porque eu só fui ao Rock in Rio por lhe ter dito coisas do tipo "Olha, fica sabendo que vou comprar o bilhete e vou mesmo" e "Já comprei o bilhete". O que me chocou foi, há bocado, acabadinha eu de acordar, quando ela me disse "Olha, precisamos de falar. A tua tia já me falou da vossa suposta ida à Isla Mágica. Eu não vou àquela porcaria e acho que também não devias ir. Se quiseres ir, vais, mas eu não sou a favor". What? Mas qual é o mal de eu ir a Sevilha um dia e voltar? Lá por ela ter medinho de tudo, eu não posso viver em função dos receios estúpidos dela. O que me lixa é que passo a vida a ceder a estas chantagens emocionais... Eu sei que sou a única pessoa no mundo com quem a minha mãe pode contar a sério e depois ela faz de mim o que quer com aquele tom de voz e aquele "se quiseres ir, vai". Tenho passado a vida nisto... E eu tenho muita paciência e compreendo muita coisa, mas se ela tem ali traumas por resolver, vá ao psicólogo ou ao psiquiatra. Mas deixe-me em paz com estas coisas! Viver em função de medos já é mau, quanto mais viver em função dos medos de outra pessoa...

1 comentário:

C. disse...

pais!... ;p os meus pais já não me dizem não faças isto, não faças aquilo. há coisas que eu faço e que sei que os preocupam (sempre que saio de casa, basicamente LOL) mas ser pai é mesmo assim, acho que só o compreenderemos quando chegarmos lá. o que tens de fazer ver à tua mãe é que ela não te pode impedir de viver, de ser feliz, de sofrer se for preciso... faz tudo parte.**