sábado, 12 de maio de 2012

Da (falta de) educação nos dias que correm

Muito há a dissertar sobre este assunto. Acho que qualquer pessoa que tenha os pés minimamente assentes na Terra percebe que, a cada dia que passa, a concentração de má educação aumenta. As crianças crescem num ambiente de facilitismo e os pais permitem-lhes tudo. Tudo, mesmo. Portanto, como há tanto para dizer sobre o assunto, quero apenas partilhar um episódio ao qual assisti hoje, num estabelecimento comercial.
A mãe de uma rapariga que eu conheço, dizia para uma senhora:
- Então, que lhe vou eu fazer? Ela não gosta da escola, não gosta de estudar... É ela própria que diz, que não gosta da escola. Já está pela terceira vez no sétimo ano, mas é normal, se ela não gosta... Que lhe posso eu fazer? Deixa lá, para o ano vai para a Escola X (uma escola profissional), ao menos fica logo com um curso feito. É que ela não gosta mesmo da escola...


Ora, eu conheço a rapariga em questão. Sei bem a peste que ali está. Tem para aí catorze anos, mas já há algum tempo que não há festa nas redondezas a que aquela criatura não vá. Olha-se para ela e para as respectivas atitudes e pensa-se "que cabrinha que me saíste, minha filha". Já estive dentro da mesma sala que ela, no ano passado, e os seus modos demonstram uma falta de respeito incrível para com quem está a tentar ensinar-lhe algo. Ela ri, ela grita, ela berra, ela guincha... Mas depois acha-se muito crescida.
E hoje eu tive o prazer de ouvir a versão da boca da mãe, que insistiu em dizer várias vezes que o problema era o facto de a filha não gostar da escola. Melhor... Questionava-se várias vezes sobre o que lhe poderia fazer. Ora, nada... Claro que não lhe podes fazer nada, querida. Ela é tua filha, mas educá-la deve dizer respeito a uma entidade divina qualquer, que tu não tens responsabilidades nenhumas. Está bem, eu admito que a personalidade e a estupidez dos filhos é um factor que influencia a forma como agem, mesmo se tiverem sido educados com regras e disciplina. MAS A CULPA MAIOR É DOS PAIS! Não sabem sê-lo. Estragam os filhos. As crianças e os adolescentes fazem porcaria e eles dizem coisas do tipo "eles são mesmo assim, que posso eu fazer?". E que tal só os deixar ir onde querem e fazer o que querem, se estudarem um bocadinho? Poupem-me, este exemplo é duma miúda que está pela terceira vez no sétimo ano e que vai reprovar na mesma... E que tal mandarem-nos trabalhar, para ver o que custa, se não gostam de estudar? Isto são apenas pequenas coisas, que, aplicadas nos momentos certos, já fariam muito. E já nem falo das palmadinhas bem dadas que levei... Na altura, souberam mal, agora sei que só me fizeram bem.

1 comentário:

м disse...

partilho da mesma opinião. hoje em dia só ouço essa desculpa do "que é que eu posso fazer?", como se as crianças não pudessem ser educadas e moldadas como deve ser, dentro daquilo que cada um traz de único (aspectos da personalidade, etc). Estamos sempre a tempo de mudar e ser educados. cabe aos pais fazer qualquer coisa, não é deixar o meninos porque coitadinhos não gostam da escola, coitadinhos é a maneira de ser deles, que posso eu fazer. enfim.