quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

"He will always be the best"

Não sei se custa mais por ser dia cinco de Dezembro. O sentimento de perda e a tristeza imensa não atenuam nos outros dias só por causa da data que o calendário apresenta. Se penso mais vezes por dia nisso? Sim, isso já é verdade. A proximidade de Dezembro traz-me recordações acrescidas. O simbolismo da data de hoje faz-me lembrar aqueles dias, o que as pessoas me diziam, o que eu sentia... E o facto de ser neste mês faz-me não gostar - ou não ligar - ao Natal. Sei que, um dia, isto vai mudar... Talvez quando eu criar a minha própria família. Mas, entretanto, falta-me o simbolismo da minha noite de dia 24, passada na sua companhia, sempre, sempre. Porque era assim que eu queria e gostava... Depois passava o dia com a minha mãe, e era bom assim, fazia sentido ser assim. O certo é que já lá vão quatro anos e parece que foi há tão pouco tempo que o telefone tocou a anunciar... Quatro anos, em que fui obrigada a ter (ainda mais) responsabilidades e pressão, ao mesmo tempo que exigiam que estivesse tudo bem, que não misturasse emoções. Para dizer a verdade, prefiro assim... Não gosto que a maioria veja o meu lado mais frágil. Neste momento, dou por mim a ter saudades de tantas coisas ao mesmo tempo... Das conversas ilimitadas, dos abraços, das chatices, dos passeios, das secas, dos almoços. E, ao lembrar-me de tanta coisa, sinto que não podia ter tido um pai melhor. Apesar das suas inúmeras limitações, nunca me faltou em nada e fez o que pôde e o que não pôde por mim. Espero ter retribuído, enquanto tive tempo para isso.

3 comentários:

C. disse...

deve ser uma dor do tamanho do mundo... e infelizmente o tempo não apaga nem atenua... apenas aprendemos a viver com isso. forcinha!

S* disse...

Nem quero imaginar a tua dor... lamento mesmo muito, compreendo porque é que o dia 24 perdeu parte da sua magia. Força.

Joana | My Pretty Mess disse...

Acredito mesmo que quando pensamos em alguém, esse alguém está connosco de certa forma. Não deixes é que a tristeza da ausência prevaleça perante as boas recordações.